Certas PalavrasPágina de Marco Neves sobre línguas e outras viagens

A Incrível História Secreta da Língua Portuguesa

Era uma vez um livro que conta a história da nossa língua como se fosse um romance. Acompanhe uma celta e um romano aos beijos, um amigo de Afonso Henriques à procura de mou­ras encantadas, Gil Vicente a perseguir um homem perigoso pelas ruas de Lisboa, uma coleccionadora de livros a fugir numa carroça para Amesterdão, Camões ao murro por causa duma dama da corte e muitas outras aventuras de que é feita esta história da língua portuguesa, recheada de deliciosas sur­presas e um toque de humor…

Autor: Marco Neves | Editora: Guerra & Paz

O livro pode ser comprado nesta página.

Leia o primeiro capítulo…

O soldado romano, a rapariga celta e outros escândalos

Vamos então viajar no tempo, à procura da origem da nossa língua. A nossa primeira paragem será nesses tempos em que ainda não havia romanos na nossa península. Já por cá tinham passado fenícios, gregos e todos os outros povos de que ouvimos falar na escola – mas romanos? Ainda não.

Nesse tempo, ali na zona noroeste da Península Ibérica, onde hoje encontramos a Galiza e o Norte de Portugal, viviam povos celtas, que falavam línguas que hoje não conseguimos reconstruir. Talvez a melhor forma de ter uma vaga ideia de como seriam esses falares seja olhar para as línguas celtas que ainda hoje existem, por exemplo na Irlanda, no País de Gales e na Escócia.

Talvez. Porque, para dizer a verdade, a única certeza que temos é que essas línguas desapareceram – não sem deixar alguns vestígios…

O Império Romano chega ao fim do mundo

Queria agora que imaginassem uma família celta em particular: os Kontebria – ou Contreiras.

Muitos séculos depois, alguns deles ainda vivem na mesma zona, em redor de Braga, entre Guimarães e Tui. No século antes do ano 1, esses Kontebria eram celtas, da tribo dos Galécios, em território onde o Império Romano ainda não chegara.

Ana e Rui Contreiras – perdoem-me o anacronismo dos nomes, mas é mais fácil contar a história assim – são um jovem casal, que se conheceu num mercado ao pé de Braga. Vivem em Citânia de Briteiros e são muito celtas, muito jovens e muito ruivos – como era comum entre os Galécios. Têm uma religião antiga, que os cristãos viriam a chamar pagã. Aquele casal, luminoso e um pouco malandro, prefere adorar o deus Lug, o deus do Sol, que lhes ilumina a pele enquanto se beijam, entre juras de amor na sua língua, ao pé dum riacho qualquer ali para os lados de Guimarães.

Um dia, chegam à aldeia os primeiros rumores das legiões romanas a rondar a zona. Ana está grávida do primeiro filho e, como todas as mães, fica um pouco preocupada. Ouvem-se rumores, é certo – mas será só quando, três anos depois, já têm dois filhos em casa que o brilho das armaduras imperiais surge nas ruas daquela terra. Estamos a falar do fim do mundo, dos cantos mais recônditos da Europa. O Império demorou a chegar a estes recantos – mas chegou.

A população passa por tempos duros de saques e violações: guerra é guerra, mesmo para os civilizados Romanos. Ana, Rui e os filhos escapam ao pior. Ficam escondidos uns tempos na casa duns primos, perto do que viria a ser Braga.

Quando voltam, já o Império se instalou, para não mais dali sair durante muitos séculos.

Os Romanos trazem com eles documentos escritos numa língua que os Celtas não compreendem: o latim da escrita. Ora, este é um latim que nem os soldados falam. Como sabem, o latim clássico tinha palavras como equus, enquanto o latim popular tinha palavras como caballum. Eram duas línguas próximas, mas não exactamente iguais. A verdade é que não foi o refinado latim dos escritores romanos que deu origem à nossa língua. Foi, pelo contrário, a língua dos soldados e do povo, uma língua que ninguém escrevia e muitos desprezavam.

Foi desse falar pouco sofisticado que surgiu o português – mas tenhamos calma que o caminho ainda será longo.

A língua de casa e a língua da rua

Dois anos depois da chegada das primeiras tropas, com Ana a amamentar um terceiro filho, a população da terra já se desenrasca a comunicar com os invasores.

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Os Romanos dizem umas palavras em celta só para se fazerem entender e os Galécios aprendem a falar esse latim de rua – primeiro só umas palavras, depois frases inteiras e, em breve, já conversam sem muita dificuldade.

Tudo é natural: se pensarem bem, os seres humanos comunicam com mais facilidade do que julgamos – para aprender a falar uma língua, não é preciso aulas formais e muitos anos: a melhor maneira é mesmo ter necessidade ou muita vontade. E gente com quem conversar, claro está. Vejamos, agora, o que acontecia na casa de Ana e Rui. Falam todos, entre eles, na língua de sempre, que hoje já não conhecemos: a tal língua celta sem nome.

Na rua, todos falam cada vez mais latim. Não só os soldados e os colonos, mas os próprios celtas, quando, por exemplo, compram e vendem alguma coisa. Afinal, os soldados e colonos ricos são bons clientes.

A população torna-se bilingue sem dificuldade.

*

Uma má notícia: o terceiro filho de Ana e Rui acabou por morrer, como era tão normal nesses tempos. A família junta-se toda ao pé da porta do casal. Chegam-se dois soldados romanos.

– O que é que estes querem? – pergunta o pai de Rui ao filho, que chora abraçado a Ana.

– Tem calma, pai! – O que se passa aqui? – grita Cláudio, um oficial romano que vem a liderar a ronda de três homens.

Marta, uma tia de Ana, diz-lhe: – Meu senhor, morreu um bebé, o mais lindo que já vi. O oficial romano resmunga qualquer coisa, mas sente um aperto no coração, a pensar no seu filho, que ficara na sua terra, uma aldeia perto de Roma. Como estaria ele?

– Os meus sentimentos, minha senhora. Peço apenas que não perturbem tanto a rua.

– Assim faremos. Esta conversa foi em duas línguas: os celtas falaram na sua língua entre todos, a bichanar contra esses invasores, com a hostilidade espicaçada pela tristeza do que acontecera, e Marta falou num latim esforçado ao oficial romano. Choravam em celta, explicavam-se em latim.

A tudo isto assistiam Artur e Inês, os irmãos do bebé que morreu.

Como conquistar uma celta

Estas duas crianças já aprendem as duas línguas, como acontece em qualquer família de emigrantes de hoje em dia – e, tal e qual como nas famílias de emigrantes, a língua dos pais é a menos importante socialmente: é a língua que falam em casa e não usam para mais nada.

Sim, é verdade: nesses primeiros anos depois da invasão, os celtas do Noroeste da Península são como emigrantes na sua própria terra.

Artur e Inês, a viver agora no seio maternal do Império, sabem que o latim é a língua do futuro. Ainda compreendem a língua dos pais e usam-na para falar com eles. No entanto, com os filhos que hão de nascer, já só falarão no latim popular que usam no dia-a-dia.

Ou seja, os netos de Ana e Rui serão já latinos sem tirar nem pôr.

Agora, reparem: tal como acontece quando aprendemos uma língua estrangeira, falamo-la com o sotaque da nossa língua materna. Também Ana e Rui começaram a falar latim com o sotaque próprio da sua língua celta. Foi com esse sotaque que os filhos, Artur e Inês, aprenderam latim. Ou seja, o latim foi aprendido pelas populações ibéricas, mas não sem que as línguas anteriores influenciassem a forma de falar e de aprender esse mesmo latim. Afinal, não havia escolas para todos nem professores de bom latim: havia o dia-a-dia e a língua aprendida na rua.

Artur e Inês falam, então, um latim com sotaque, mas este latim com sotaque é a língua nativa deles. Em breve, o que era uma língua estrangeira, trazida pelos soldados, passou a ser a língua nativa da população da região.

O latim popular com sotaque celta falado na Galécia, há quase 2000 anos, é a semente da nossa língua.

*

Deixem-me agora contar uma história curiosa, que se passou com Inês Contreiras, a filha de Ana e Rui.

Durante a adolescência, sem a memória das invasões, Inês e o irmão tornaram-se muito amigos de alguns soldados e colonos romanos.

Esta proximidade não era bem-vista pelas gentes da terra – mas os jovens já não queriam saber: tinham vivido desde sempre com os Romanos e estes não lhes metiam medo.

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Também os romanos já tinham perdido algum do desprezo pela população nativa, que não parece assim tão primitiva a estes colonos que mal se lembram de Roma – afinal, agora, os celtas até já falam latim.

Com mais ou menos preconceitos, viviam naturalmente uns com os outros.

Um dos amigos romanos de Inês chamava-se Pedro. Era um soldado que tinha sido destacado para a zona ainda com os seus quinze anos. Agora, já achava que aquela região era a sua terra. Uma região de cavalos selvagens a correr por entre as árvores das florestas, à beira dum mar revolto que entrava pela terra adentro nas belas rias galegas. Sim, esta era a sua terra sem tirar nem pôr – até porque estava apaixonado por Inês.

Pedro não sabia como se aproximar daquela mulher linda, de olhos azuis, e sempre um pouco distante, como todas as celtas. Sabia que não se podia precipitar. Nem os seus amigos romanos gostavam daquela situação, nem a família dela iria aceitar tudo aquilo sem pestanejar. Qualquer passo em falso e perderia todas as hipóteses.

Nas suas longas conversas ao fim do dia, o soldado brincava com o sotaque de Inês. Inês fingia-se irritada, mas não se importava. Era muito bom ter aquela atenção do romano. Falavam sempre em latim, claro, embora Inês ainda falasse em celta com os seus pais – o celta era a língua da casa, da família, dos mais próximos.

Pois, um dia, Pedro chega-se ao pé de Inês e diz-lhe:

Bore da! [1]

Ou seja, «bom dia» na língua celta. Tinha uma pronúncia um pouco difícil, mas bem perceptível.

Inês fica parada, de boca aberta. Pedro sorri e começa a conversar nessa língua desprezada pelos Romanos. Diz-lhe que esteve a aprender durante muito tempo, com uns amigos da terra, para poder saber como falar na língua em que ela sonhava.

Ela continua de boca aberta e ele fala cada vez mais depressa. Está nervoso. Não sabe se fez bem.

No fim, ela manda-o calar-se, dá-lhe um beijo e quando terminam diz-lhe:

Rwy’n dy garu di!

Casaram-se algum tempo depois, segundo a religião celta, mas respeitando também os ritos romanos.

O sotaque da Galécia nas ruas de Roma

Anos depois, Pedro levou Inês, numa viagem de meses, a visitar Roma. Depois de abraçar a mãe, que não o via há muito tempo, ouviu a senhora, ainda a olhar de lado para a estranha mulher que vinha com o filho, a dizer:

– Mas que sotaque é esse, meu filho? Ficou admiradíssimo por saber que, orgulhoso soldado do Império, já falava com sotaque galécio.

Inês riu-se muito, nesse dia – e aproveitou para dizer que estava grávida.

O primeiro filho nasceu em casa dos pais dele e a viagem de regresso foi adiada alguns meses, para que o bebé crescesse um pouco.

Voltaram, então, à Galécia. Os filhos de ambos já só aprenderam latim, embora ainda ouvissem os pais a falar celta em certas noites – para dizer a verdade, ainda aprenderam umas quantas palavras da boca dos avós – e, entre os amigos, ainda circulavam velhos palavrões, que os pais não sabiam que os filhos também conheciam.

Os primos, filhos de Artur, que se casara com uma celta como ele, também já só falavam latim. Houve famílias em que tudo isto demorou mais tempo, mas poucas gerações depois já a língua celta estava quase esquecida.

Muitos anciãos criticavam os jovens por desistirem tão facilmente da velha língua dos deuses celtas – os jovens encolhiam os ombros e brincavam em latim.

Houve ali, se virem bem, uma espécie de traição linguística. Mas todos os povos, mais tarde ou mais cedo, passam por isso. As línguas são vítimas de traição, mas não nos esqueçamos que as línguas não existem por si, fora das pessoas que as falam – e a essas pessoas, às vezes, interessa mudar de língua. Foi assim com os Celtas – e foi assim com muitos outros povos ao longo dos milénios.

Apesar dessa «traição», a língua celta do povo da Galécia não ficou totalmente esquecida. Há quem diga que foi essa língua que levou a que, em galego e em português, as palavras que, em latim, começavam por «pl», «cl» e «fl» se tenham transformado em palavras começadas por «ch». Exemplos? A «pluvia» latina deu a nossa «chuva». O verbo «clamare» deu o nosso «chamar». A «flama» latina veio a desembocar na nossa «chama».

É difícil saber quais, mas a verdade é que esses falares celtas já perdidos deixaram alguns traços e, ainda hoje, quando falamos o nosso português, bem latino e bem moderno, ouvimos ecos já muito sumidos do que diziam os celtas nesse dealbar do primeiro milénio.

Quem diria a esses jovens, a falar latim com o estranho sotaque da Galécia, sob o olhar reprovador dos velhos celtas, que a sua nova língua ainda viria a ecoar noutros continentes, mas com uns travos da língua dos seus avós?

O nascimento da nossa língua
Gallaecia

Será então que foi assim que nasceu a nossa língua? Tudo depende da forma como queremos dividir a história das línguas. Estes celtas falavam línguas anteriores, os romanos falavam latim – ninguém se lembrou um dia de inventar uma língua de raiz.

Mas julgo ser natural olhar para este encontro do latim com as florestas da Galécia como a origem distante da língua que falamos. Foi aí que o latim popular – a matéria-prima de que é feito, em grande parte, o português – deu de caras com o primeiro molde que lhe veio a esculpir as feições: as línguas dos povos que já por cá andavam.

Essa matéria-prima ainda há-de passar por muitos outros moldes e será ainda salpicada de muitas outras matérias até chegar à forma que tem hoje – forma essa que continua a mudar, pois nunca chegamos ao ponto onde podemos dizer que uma língua está acabada. Continua sempre a mudar, sempre a surpreender-nos.

Ora, mas a verdade é que, nesses primeiros séculos, por entre as rias e as florestas do Noroeste da Península, já falávamos um latim diferente, ao jeito da Galécia.

A nossa língua dava os primeiros passos.

(1) Sei que não é o ideal, mas usei o galês como substituto da língua celta desta gente ibérica de há muitos séculos. Digamos que foi o celta que tinha mais à mão.

(Este é o primeiro capítulo do livro A Incrível História Secreta da Língua PortuguesaA primeira versão do texto foi publicada neste blogue no dia 14 de Dezembro de 2015. O livro foi publicado em Janeiro de 2017 pela Guerra e Paz, com revisão de Inês Figueiras.)

Cenas dos próximos capítulos

A história secreta da língua mal começou: nos capítulos seguintes, veremos como um dos descendentes dos Contreiras vai levar uma mensagem de D. Afonso Henriques até um amigo perdido em Al-Uxbuna; um dos netos conhecerá D. Dinis, outro será inimigo de Gil Vicente — e ainda veremos Camões à bulha por Lisboa, um brasileiro a viver o Grande Terramoto, Eça à conversa na Póvoa… E, por fim, chegaremos a estes tempos de blogues e mensagens electrónicas, em que ainda falamos essa língua que deu os primeiros passos nessas conversas entre soldados e celtas, no início do primeiro milénio.

Tudo isto está no livro A Incrível História Secreta da Língua Portuguesa (Guerra e Paz, 2017).

O livro pode ser comprado nestas páginas: Portugal | Espanha | Reino Unido.

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Autor
Marco Neves

Professor na NOVA FCSH. Autor de livros sobre línguas e tradução. Fundador da Eurologos.

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41 comentários
  • Muito bom!
    Cada vez fico mais curiosa quando entra um email do Certas Palavras na caixa de entrada!
    Parabéns pelo bom trabalho!

  • Gostei muito, embora me pareça um terreno tão resvaladiço como aquelas pedras cheias de musgo por onde os ribeiros serpenteiam e saltam.

  • Uma forma simples e descontraída, mas encantadora, de nos levar até às origens da nossa língua materna.
    Para-bens pela iniciativa.

  • tudo na vida é incerto… para mim a história como aqui a coloca é o exercício natural que deveria ser feito sempre… 1º conhecer bem o ser humano e seus comportamentos em situações que sempre aconteceram em épocas diferentes, mas que acabam por se repetir de forma semelhantes na base interrelacional… é pena não se poder filtrar tudo para reter o que nos põe curiosos sobre a língua e passado e conseguir apalpar a vida no passado… e no fundo chegar aonde? Que os persas eram Arianos e que possivelmente já vinham de mundos acima da Índia, que a Índia sofreu sua influência?… que os gregos vieram do Norte… será que se cruzaram com povos germânicos na zona Norte? Que no fundo toda a Europa tem raízes comuns? Não há certezas, mas a realidade é que esta interacção entre povos acabou por baralhar o ser-humano e este interesse por encontrar suas origens no fundo prende-se com algo que ficou mal resolvido nesses processos antigos e que agora no fundo sentimos sua falta… será que algum dia iremos descobrir o que tanto nos falta? Continue, porque é desta forma que as pessoas se interessam e ninguém pode garantir nada por mais Universidades que frequentem… assim pelo menos faz-nos sonhar com algo que tem toda a probabilidade de ter acontecido.Obrigada

  • Já que falamos da língua peço desculpa pelos os erros,pois eu só fiz a primeira classe em Portugal.
    <>
    Para comparar com outras línguas com base de latim:
    Em Francês: chave =clef. chama= flamme. Os exemplos batem certo

    Travail sérieux et très réaliste, Bravo.
    On a envie de savoir la suite, comme avec un bon roman
    Félicitations Marco pour ton intéligence, on apprend facilement et avec plaisir.
    La suite, la suite, la suite……
    Merci.

    Jorge.

  • Uma explicação muito clara e convincente. A distância entre a imaginação e a realidade deve ser muito curta. Parabéns.
    Destas raízes e destas aculturações deve vir também o nosso jeito de aprender línguas.
    José Diniz

  • Ah, Marco Neves! Qué historia fabulosa nos has narrado. Sois un estupendo escritor; tienes una gracia , una donosura, para decir las cosas. Después de leer tu relato yo me he imaginado ser uno de esos antiguos galecios que vivieron en Citania de Briteiros. Yo no soy portugués, ni hablo portugués, pero cada vez me enamoro más de Portugal, y de su idioma tan melifluo, Qué tierra tan maravillosa, qué gente tan querendona, qué historia tan fascinante. Con sentimientos de respeto y admiración.

    • Muito obrigado pelo simpático comentário! É um prazer conversar com leitores dos vários cantos da nossa Península comum…

  • Muitíssimo interessante…seguirei com toda a atenção o desenrolar dos próximos episódios…

    Grata!

  • É destes amigos, com conhecimentos fantásticos, que precisamos perto de nós. Obrigada pela lição sobre a nossa língua, tantas vezes tão mal tratada. Subscrevi este site e aguardo por mais artigos.

  • Acabo de reler este primeiro episódio sobre a “viagem” da nossa Língua! Tenho uma dúvida, contínua e não apaziguada ainda, sobre os diversos sotaques do nosso português! Por exemplo, na região de Viseu – e não só -, o som “zz” não existe e, por isso, é substituido por outro que varia entre o som do “j” e o do “s” vocalizado. ( Perdoe-me a ignorância, mas não sou linguista!). Foi encontrada uma lápide romana, quando se faziam obras públicas em Viseu, que fazia referência ao nome da cidade no tempo dos romanos: “Vissaium”! Se nesse tempo, se escrevia à base da oralidade, como se pronunciaria este topónimo? Será que o “falar axim” surgiu depois??? Antecipo a gratidão pelo seu comentário!
    João.

    • Bem, às crianças e não só! A não ser que já se saiba muito e consequentemente com muitos anos de vida. Pois, nessa fase, já não se tem paciência para histórias. Tem-se receio que falem de mortes.

  • Muito interessante como os romanos impuseram sua cultura onde passaram .Mas fazendo um balanço geral da história, vemos hoje que todas as civilizações greco-romanas escravistas tiveram seu fim e pelo outro lado temos as civilizações que deram certo que são de matriz celta ..como Estados Unidos e inglaterra .
    ….li que os celtas nunca aceitaram a opressão e a escravidão de povos dominadores e vemos hoje o que o futuro lhes guardo .

  • Excelente perspectiva e análise , tenho também essa ideia embora continue a achar que existe algo de ” Gaélico ” na nossa lingua , posso estar errado . Digo isto porque os primeiros povos a habitar a Península Ibérica terão sido algumas tribos Celtas que fugiriam dos seus Habitats com receio das constantes incursões Vikings da época , povo esse temido pela sua barbaridade . Terá ficado algo de ambos . Muito bom mesmo , abraço

  • Concordo com a Bea. A história da língua, contada assim em jeito de conto divertido, poderia ter muito sucesso pedagógico. Simples, clara, evidente e agradável ficção da história permite fazer entender fenómenos complexos. Eu gostei. Obrigada.

  • DÁ GOSTO LER TUDO AQUILO QUE NOS TEM INTERESSADO MAIS, SOBRE AS ORIGENS DA NOSSA LÍNGUA.
    NUNCA PERCO A OPORTUNIDADE DE ACONSELHAR A DIVERSOS AMIGOS O SEU BLOGUE,COMO UM DOS QUE CONSIDERO MAIS ÚTEIS.
    CONTINUE PORQUE TEM FEITO UM TRABALHO DE GRANDE INTERESSE PARA UM CONHECIMENTO BEM FUNDAMENTADO DAS ORIGENS DA NOSSA LÍNGUA.
    MUITO OBRIGADO

  • Estou curiosíssimo para ler este livro, afinal nós brasileiros também falamos um tipo de postugês cujas raízes estão aí em Portugal. Infelizmente, comprei o livro há três meses, mas não o recebi, pois a encomenda foi extraviada e a editora só me substituirá (mesmo não sendo culpa minha!) daqui, talvez, a dois meses….mas amei ler este capítulo. Parabéns pela obra magistral!!

  • Estas coisas “entram-me” na alma. Vou ter de controlar a expectativa até o livro chegar às minhas mãos e poder deliciar-me com o resto da narrativa. Que a Musa esteja sempre consigo, Marco Neves.

  • Todas as linguas europeias ocidentais se formaram apos a queda do imperio romano. E sempre soube que a lingua portuguesa tem origem em dialetos celtas e lusitanos da mesma forma que a lingua inglesa tambem é formada por dialetos celtas com elementos do latim uma vez que a Gran Bretanha tambem foi uma colonia romana por mais de cinco seculos e tambem a lingua alema que tem forte influencia do latim classico no vocabulario e na gramatica. Por algum motivo britanicos e germanicos se recusam a aceitar este fato e insistem em dizer que eles “emprestaram” palavras latinas.

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